03 outubro 2011

Thundercats 2011



Assisti aos primeiros episódios da nova versão do clássico oitentista e um dos desenhos favoritos de minha infância: Thundercats. Na época que foi lançado, o desenho fez outros parecerem, literalmente, coisa de criança. Desde o traço anime até a música, tudo era empolgante. A nova versão, porém, mesmo sendo um produção bem cuidada, deixa no ar aquela sensação de que poderia ser bem melhor.

O que mudou?

É impossível para alguém que acompanhou a antiga série não fazer comparações com nova versão. Quanto ao traço, a característica anime continua e, embora há muitas melhorias, principalmente nas vestes, é um tanto mais infantil que o original. Mas foi na trama de um modo geral em que encontramos as maiores mudanças. Na nova versão, Thundera, o lar original dos gatos trovão deixa  de ser um planeta destruído a la Kripton, e passa a ser apenas um reino. Toda a referência a Superman da primeira versão foi modificada, excluindo também, nesta nova versão, a viagem espacial até o 3º Mundo, o novo lar dos últimos sobreviventes. Agora, Thundera é um reino já localizado dentro do próprio 3º Mundo, destruido por uma invasão da raça dos lagartos sob o comando de Mumm-Ra. Enquanto na versão antiga o vilão era apresentado aos gatos em seu primeiro encontro, na nova ele já é um antigo conhecido, que dominava as raças dos animais para fins obscuros em busca de poder e que fora aprisionado após uma revolução que também deu origem à espada justiceira e à ascensão do reino de Thundera sobre os outros animais. O nome "mutantes" também foi descartado para designar os outros animas e eles passam a ser raças de reinos distintos, com destaque para os lagartos e seu líder Escamoso. Embora as outras raças já tenham sido mostradas, ainda não se tem notícia dos outros vilões Chacal, Simiano e Abutre.

Quanto ao núcleo central de personagens, os Thundercats propriamente ditos, também encontramos grandes mudanças. Ao excluir a viagem espacial e a falha na cápsula de hibernação que não preservou seu corpo de criança, nada mais óbvio que Lion-O deixar de ser um garoto num corpo de adulto e se tornar um adolescente arrogante, porém de bom coração. Tygra, que em minha opinião era um personagem fraco na versão original, ganha mais personalidade e é agora o irmão adotivo mais velho de Lion-O, com mais experiência e habilidades. Cheetara nos é apresentada como um membro dos Clérigos de Jaga, como uma justificativa para sua velocidade, e uma estranha "fé" em Lion-O, que às vezes parece se confundir como um provável interesse romântico. Willykit e Willykat são órfãos que viviam de pequenos delitos antes da queda de Thundera, e constituem o alívio cômico desta nova versão. Panthro, por sua vez, é um general bem mais velho e experiente que seus outros companheiros e, se sua aparência no passado lembra muito à da antiga versão, a atual parece uma versão cinza e felina de Hellboy, o que causa uma certa estranheza. Mas é em Snarf que a nova versão tem seu ganho mais significativo, simplesmente por não falar, sendo "rebaixado" de um irritante Grilo Falante e pagem de Lion-O para um simpático bichinho de estimação.

Mas toda esta mudança é apenas o cenário onde se passa o que realmente interessa que são as histórias e motivações pessoais de cada personagem, e foi exatamente aí que a nova versão deixou um pouco a desejar. Se por um lado suas personalidades foram realçadas, com um ganho significativo de profundidade frente à versão anterior, por outro não entendemos muito suas motivações e o que os levam a ser como são. Em determinado momento, por exemplo, Lion-O defende dois prisioneiros lagartos da população, tendo sua atitude contestada por Tygra, mas que passa a apoiá-lo de uma hora pra outra, sem motivo aparente, ocasião onde também aparece Cheetara para ajudá-lo com sua estranha obsessão pelo jovem príncipe. E são nas pequenas preguiças de roteiro que encontram-se o principal problema da nova versão, como no momento onde Lion-O, ou melhor, Snarf encontra a entrada para a Torre dos Presságios, local que Panthro buscou por anos a fio sem nenhum sucesso, dizendo no momento a seguir que "faltou os companheiros certos". É estranho também que a raça dos gatos, que sobrepujou e exerceu seu domínio sobre as outras, tenha abandonado a tecnologia a ponto de esquecê-la e transformá-la apenas numa lenda e que, sendo a nação dominante do 3º Mundo, mal saibam o que há além das muralhas de Thundera.

De um aspecto geral, podemos dizer que a nova versão de Thundercats é mais infantil que a anterior, e não seria um problema caso se concentrasse apenas no traço. O problema maior se concentra na trama rasa e muitas vezes sem fundamentos. E antes que alguém diga que ela foi feita para as crianças de hoje em dia, me pergunto como são estas crianças, pois na época eu gostava da antiga versão exatamente por ser mais séria e ousada que os outros desenhos, como He-Man, por exemplo. A ausência da música tema, que além de abrir o programa embalava as cenas de ação, também faz uma grande falta. Por outro lado, temos personalidades um pouco mais distintas entre o grupo e sem a irritante choradeira do antigo Snarf.

Site d'Os Tranquêra reformulado



Depois de bom tempo ocioso, o site de meus personagens malucos foi atualizado e está recebendo atualizações diárias. Muito material inédito ainda será postado. Fiquem ligados!

www.ostranquera.com.br

02 outubro 2011

Game Of Thrones - Primeira Temporada



Ambientado em uma terra fictícia, os Sete Reinos de Westeros (bastante semelhante à Europa Medieval), Game Of Thrones carrega claramente uma forte influência de O Senhor dos Anéis, com excessão da carga religiosa da obra de Tolkien. Em O Senhor dos Anéis, tudo é claramente dividido entre o bem e o mal, e mesmo quando os dois lados se confundem, temos a certeza que é apenas a sombra do mal se manifestando sobre o bem. Em Game Of Thrones, por outro lado, não temos certeza de quem é bom ou quem é mau. Não nos identificamos com o "lado bom". O cenário é bastante político e todos parecem apenas defender o seu lado, o seu povo, e a luta pelo trono de ferro seria apenas uma forma de garantir a própria sobrevivência.

Contudo, somos induzidos de imediato a nos simpatizar pelo povo do norte, afinal, é ali que se tem início a história. E mesmo Edard Stark, parecendo incensato e cruel em diversos momentos, podemos perdoá-lo porque o "mundo deve tê-lo moldado desta maneira". Um mundo cruel e hostil, onde alternam-se guerras e invernos intermináveis. Porém, seus fillhos parecem carregar uma sabedoria emocional inexistente em outros personagens, fazendo com que o expectador passe a se identificar com eles e a acompanhá-los em sua jornada.

Para quem não leu os livros de George R. R. Martin (o que é o meu caso), a história é bastante imprevisível. Personagens que inicialmente parecem importantes são mortos enquanto outros se desenvolvem, trazendo um gosto especial em meio a tantas outras tramas previsíveis espalhadas pela mídia. E por mais que  que a morte de determinado personagem de quem gostamos traga uma certa frustração, é este desenrolar imprevisível da história o que mais atrai em Game Of Thrones.

Contando com 10 instigantes episódios, com muita ação, personagens bem construídos e conteúdo bastante pesado, a primeira temporada de Game Of Thrones fez muito sucesso e já disse a que veio, deixando aquele gostinho de quero mais para a próxima. A produção bem cuidada do Canal HBO, com figurino, direção de arte, efeitos e, principalmente, roteiros bem construídos, faz a diferença e merece destaque e um tempinho na agenda de todo fã de temas medievais e de fantasia.

Vale a pena acompanhar? Com certeza!

09 fevereiro 2011

Batman Dead End

Por falar em fan film, o Batman de Sandy Collora é muito sem noção!

Superman Classic

Curta "fan film" de Robb Platt, tradicional animador da Disney, com elementos clássicos do herói. Muito bacana!